[3ª edição] A nova dinâmica do mercado de insumos e o impacto para as cooperativas

Falar em agronegócio é falar em cooperativismo. Se esse setor sempre foi forte, hoje, ele tem se mostrado indispensável para os bons números que temos visto. Só em 2021, as 25 maiores cooperativas do mercado faturaram, juntas, R$ 173 bilhões, conforme um levantamento feito pela ZMP.

O cenário atual, portanto, é de constante expansão, fato comprovado pela abertura de entrepostos próprios em regiões diferentes de onde atuavam historicamente, investimento em novas tecnologias e a verticalização agroindustrial. Tudo isso agrega ainda mais valor ao cooperado e ao agronegócio.

Se vemos esse movimento das cooperativas é, entre outros pontos, devido às dinâmicas que também acompanhamos no mercado de distribuição de insumos.

É sobre isso que falaremos nesta edição do ESCALA NEWS, assim como as tendências que podemos esperar desse mercado.

Movimentações

Entre as movimentações mais recentes do mercado estão a aquisição da Sollo Sul Insumos e Dissul Insumos pela Lavoro; a Agro Jangada pelo Grupo Syngenta; o lançamento da Orígeo, através da parceria da Bunge com a UPL; as aquisições da Floema, Casa Trevo e CATR pelo grupo Lavoro; a da Casa do Adubo, Marca Agro Mercantil e Sementes Goiás pela Nutrien; a da Nativa pela Agro Amazônia, e a sociedade da Bayer com o Itaú Unibanco e a Yara Fertilizantes para a plataforma Orbia.

Juntos, esses movimentos já implicam em :

• Mais de R$40 bilhões em faturamento;

• 700 lojas;

• Aproximadamente 3000 consultores.

E a corrida está só começando!

Tendências

Ao pensar no agronegócio do futuro, em meio a toda essa agitação e inquietude, alguns pontos se destacam. Entender quais são eles é essencial para a tomada de decisões mais assertivas e conseguir prosperar no mercado:

1. Mix geracional

Embora mais da metade (56%) dos tomadores de decisões nas fazendas tenham 40 anos ou mais, segundo dados da Spark, de 2021, a presença dos Baby Boomers (acima dos 60) e da Geração X (entre 40 a 60), ainda é significativa. O desafio é inovar no atendimento aos produtores e cooperados, garantindo a flexibilidade e a versatilidade que a diferença geracional pede. Adequar a comunicação para cada um desses públicos, nesse cenário, é peça-chave para manter uma boa relação nos negócios.

2. ESG

Quem ainda não fala de meio ambiente, governança e questões sociais – pilares do ESG -, dentro das empresas, precisa começar. Se preocupar com aspectos do ESG é evitar o desperdício de recursos naturais e emocionais, atrair clientes e cooperados e construir uma boa imagem.

3. Novas tecnologias

Elas estão marcando presença no campo e provocando mudanças nos modelos de negócio. O avanço tecnológico, que tem ajudado o agricultor a produzir mais, melhor e com menor custo, também tem fomentado o crescimento das experiências com compras e vendas de insumos online.

4. Cultura organizacional

Com tantas mudanças acontecendo, é preciso que os produtores e cooperados pensem em como o ecossistema conseguirá manter seu desempenho e garantir que cada parte cumpra o seu papel. Pensar em cultura organizacional é pensar em preparar o terreno para receber as mudanças que não param de acontecer.

Com o programa ESCALA, as cooperativas ficam por dentro das tendências desse mercado e de tudo o que tem de mais novo e relevante para ajudá-las a fortalecer sua presença no setor e crescerem cada vez mais.

Esse foi mais um ESCALA NEWS. Voltaremos no próximo mês com mais conteúdo exclusivo para as cooperativas do programa ESCALA.

Obrigado e até a próxima!