[7ª edição] Cooperativismo em 2023: para onde olhar?
- anaclaramarcal
- 30 de mai. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de jul. de 2023

Nosso agronegócio fechou 2022 com números estimulantes e que mostram o impacto econômico que exercemos sobre o país, mesmo em um ano marcado por adversidades dentro e fora de casa: quase US$160 bilhões em exportação, R$1,189 trilhão em Valor Bruto da Produção (VBP) e cerca de 19 milhões de pessoas empregadas no setor.
O cooperativismo brasileiro também tem alcançado resultados férteis, com grande parte das cooperativas registrando recordes de faturamento, expandindo geograficamente suas atividades, investindo em desenvolvimento profissional e verticalizando a agroindústria. Mas, e para 2023, o que podemos esperar do nosso setor? É sobre isso que falaremos nesta edição do ESCALA NEWS.

Para ficar de olho!
Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimam que a participação do agro no PIB brasileiro estabilize ou cresça em até 2,5% em relação a 2022. Outros números, levantados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontam para a possibilidade de um crescimento ainda maior, de quase 8%.
Outro indicativo que deve subir em 1,1% neste ano é o nosso VBP. Grande parte desses números são reflexo das condições climáticas favoráveis e da estimativa de recorde para a safra 2022/23, passando das 313 milhões de toneladas. Ou seja, entramos em 2023 com otimismo, mas também precisamos ser cautelosos, já que temos algumas variáveis importantes para ficar de olho neste ano.
Geopolítica Mundial
De um lado, temos “ondas de choque de inflação” consequência, principalmente, dos anos de pandemia da Covid-19 e dos conflitos europeus. Conforme um relatório do Eurasia Group, com os principais riscos para 2023, a expectativa é que os EUA fechem o primeiro trimestre deste ano com juros próximos a 5%. Vale lembrar que a volatilidade do dólar impacta diretamente no preço das commodities e insumos.

Por outro lado, temos o prolongamento do conflito entre Rússia e Ucrânia, contribuindo para a crise energética da Europa, uma vez que a Rússia é sua principal exportadora de energia. Isso impacta diretamente nos valores dos produtos sintetizados na Europa, aumentando, assim, o preço. Outro país que tem lidado com cenários delicados é a China. Além do descontentamento da população com o governo, em especial após o aumento do número de casos de Covid-19 e outras questões políticas, o país também lida com a possibilidade de um conflito com Taiwan.
Vale nos atentarmos para o impacto que esses arranjos tem sobre o Brasil: levando em conta a parceria comercial da Europa e dos EUA com a China, os conflitos no primeiro e a inflação no segundo podem impactar no poder de compra do país asiático, principal importador das commodities brasileiras.

Novos entrantes
Tivemos um 2022 de muitos anúncios de aquisições e fusões de empresas. Levando em conta o cenário macroeconômico, devemos ter um 2023 com movimentos de consolidação dos novos entrantes acontecendo, mesmo que em menor velocidade.

Estruturação do marketing estratégico nas cooperativas
Com as mudanças no cenário do sistema de distribuição de insumos e a chegada de novos entrantes, o mercado tem se mostrado ainda mais competitivo. Vemos as cooperativas se expandindo geograficamente, verticalizando a agroindústria, aumentando as equipes e profissionalizando-as. Tudo isso em um contexto de mudança do perfil dos agricultores e avanços tecnológicos.
Para conseguir extrair toda a potencialidade que essas mudanças têm a oferecer, é preciso que as cooperativas invistam em um departamento estruturado de marketing. É ele quem as ajudará a entender o perfil desses novos produtores, seus desejos, hábitos de consumo, tecnologias utilizadas e canais de compra, tornando a comunicação e as estratégias mais assertivas. Ou seja, um marketing estratégico bem feito é o que pode contribuir com o crescimento mais sustentável das cooperativas e com o oferecimento de um melhor serviço para com seus cooperados.

Aproveitando as oportunidades
Mais uma vez, nosso agronegócio vem mostrando que está cheio de oportunidades. Basta estarmos atentos e sabermos aproveitá-las e nos adaptemos às novas realidades que o setor vem abraçando. Com o programa ESCALA, a Corteva busca ajudar as cooperativas, garantindo que elas estejam por dentro dos últimos lançamentos e das tendências, buscando alcançar os melhores resultados.

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